Atrativos Turísticos Parque Natural Municipal Monte Mochuara - VALDÍVIO PORTO
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Atrativos Turísticos Parque Natural Municipal Monte Mochuara

O Parque Natural Municipal Monte Mochuara foi tombado como patrimônio histórico-paisagístico em 1992. A formação rochosa possui 718 m de altura e o parque tem 436,18 hectares de Mata Atlântica. O parque abriga espécies vegetais como araçá do mato, pau d’alho, cobi-da-terra, jequitib e jeriquitim. Também é habitat de beija-flores, pica-paus e lagarto
 
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Monte Mochuara, na língua dos índios que habitavam o local, quer dizer pedra irmã, mas para os franceses que chegaram à baia de Vitória, e o avistou com uma neblina que o encobria, fizeram-se lembrar de um imenso pano branco, daí a expressão mouchoir, que quer dizer lenço e se pronuncia “muchuá”. (Por: Letícia Vieira)
 
 
A LENDA DO PÁSSARO DE FOGO Uma história de Amor Capixaba.
Morro do Mestre Álvaro, Serra, ES
e Monte Mochuara (Moxuara), Cariacica, ES


Uma história de Amor Capixaba. Monte Mochuara, Cariacica, ES (Índia Jacira) e Morro do Mestre Álvaro, Serra, ES (Índio Guaraci). Nas fotos de Clério José Borges, o Morro do Mochuara em Cariacica, visto da Rodovia do Contorno (BR 101 Norte) e o Morro do Mestre Álvaro, na Serra, visto do Convento da Penha em Vila Velha, ES.
Clério Joseé Borges de Sant'Anna
 
Serra e Cariacica são cúmplices numa história de amor. As duas cidades, segundo conta a lenda, relatada entre outros historiadores por Maria Stela de Novaes, estão ligadas para sempre pela força de um sentimento que une até hoje o índio Guaraci (Tribo Temiminó) e a índia Jaciara (Tribo dos Botocudos). Guaraci, em Tupi significa Sol, Verão. Jaciara significa Tempos de Luar, Noites com raios de Lua. 

Pertencentes a duas tribos inimigas - Temiminós e Botocudos - o jovem casal foi impedido de viver a sua história de amor. Comovido com a paixão dos dois índios, o Deus Tupã transformou-os em duas montanhas. O índio ficou sendo o Mestre Álvaro, na Serra e a índia, o monte Mochuara, em Cariacica.

O Mochuara é um Morro que fica em Cariacica. Tanto Serra e Cariacica são cidades limítrofes e fazem parte da Grande Vitória, Capital do Estado do Espírito Santo. A imponência do Mochuara se destaca ao longe. Ao lado do Mestre Álvaro, na Serra, o Mochuara, em Cariacica, é o símbolo do município, como o Convento da Penha é de Vila Velha. Habitat de diversas espécies ameaçadas de extinção, como o araçá do mato, o pau dalho, o cobi-da-terra, o cobi-da-pedra, o jequitibá e o jeriquitim, sua fauna é composta de beija-flores, pica-paus, lagartos e outros bichos. A imponência do monte, serviu de referência para os viajantes e aventureiros que, nos primeiros séculos do Brasil, percorriam os sertões do Espírito Santo em busca de novas terras e riquezas minerais.
Mestre Álvaro e Mochuara estão frente a frente, contemplando um ao outro e assim ficarão por toda a eternidade. Segundo o historiador Clério José Borges, um "Pássaro de fogo" sempre é visto nas noites de São João, (24 de junho), indo do Mestre Álvaro ao Mochuara, abençoando o amor de Guaraci e Jaciara. Prova de que homens e histórias passam, mas corações não morrem jamais. Observem que esta Lenda Capixaba conta a história de um Pássaro de Fogo que colabora na união do jovem casal. Há uma semelhança muito grande com a Lenda Russa do Pássaro de Fogo, imortalizada pelo grande Maestro Igor Stravinsky.

MONTANHA DO MOCHUARA - A montanha do Mochuara, com 724m de altitude é a segunda maior montanha da região da Grande Vitória. Na língua dos índios que habitavam o local, o nome quer dizer pedra irmã, mas para os Corsários (Piratas) franceses que aportaram na baía de Vitória no século XVI e que avistaram a montanha com uma neblina que o encobria, lembraram de um imenso pano branco, daí a expressão mouchoir, que quer dizer lenço e se pronuncia “muchuá”. Em razão da origem francesa da palavra, o certo é escrever MOCHUARA com CH e não Moxuara com a letra X. O Mochuara possui biodiversidade valiosa sendo morada de espécies ameaçadas, como o araçá do mato, pau d’alho, cobi da serra, cobi da pedra, jeriquitim e jeriquitibá. A fauna do Mochuara é composta pôr beija-flores, pica-paus, lagartos e outros bichos. 

Do monte descia o rio Carijacica, na língua tupi, chegada do homem branco que mais tarde deu o nome ao município, quando foi suprimida a letra J. As nascentes localizadas no Moxuara deságuam nos rios Formate e Bubu. A “Estância Vale do Moxuara” pertence a família Rodrigues de Freitas há mais de duzentos anos sendo o atual proprietário, o Sr. Wilson Freitas Filho que faz parte da quarta geração da família que no início era a proprietária da grande propriedade denominada “Roças Velhas”. O nome “Estância Vale do Moxuara”, está escrito erradamente com X. Um Shopping na região de Campo Grande em Cariacica também adotou a escrita errada de Moxuara. Mochuara na verdade é um importante monumento natural e cultural do município de Cariacica. A Lei Municipal N.º 2.310, de 21 de Janeiro de 1992 adota oficialmente a grafia correta de Mochuara, conforme o artigo 1º que consta: "Fica inserida no brasão integrante da BANDEIRA do Município, adotada esta, como símbolo conforme art. 6º da Lei Orgânica local, a configuração do maciço “Mochuara”, com sobreposição de torres compatíveis com a ciência a título de heráldica." Em Cariacica há um bairro chamado Mochuara, com a grafia correta, CH, conforme a Lei N.º 4752/2009, onde consta: "passa a denominar-se Rua Doutor Nilson Bittencourt a antiga via pública conhecida como projetada no bairro Mochuara, Cariacica, ES." 

O Parque Natural Municipal Monte Mochuara foi tombado como patrimônio histórico-paisagístico em 1992. O Vale do Mochuara está localizado a 17 quilômetros de Vitória, em Roças Velhas, Cariacica. 

MONTANHA DO MESTRE ÁLVARO - A montanha do Mestre Álvaro, com 833 metros de altura é a primeira maior montanha da Grande Vitória. O nome Mestre Álvaro é uma homenagem do Padre Jesuíta Braz Lourenço (Fundador da Serra) ao Capitão e Comandante mestre de Navio de nome Álvaro da Costa, filho do segundo Governador Geral do Brasil, Dom Duarte da Costa. 

O Mestre Álvaro é um maciço "Gnássico", e sua magnitude é histórica. Nos primeiros documentos cartográficos do século 16, pode-se verificar a indicação do acidente geográfico, Mestre Álvaro, assinalado como ponto de referência para a navegação marítima. Dom Pedro II, Imperador do Brasil, em sua visita ao Espírito Santo, anotou em seu diário: "O Monte Mestre Álvaro, com tempo limpo e claro, pode ser visto até a 60 milhas do mar". 

O viajante estrangeiro Auguste Saint Hilaire, quando visitou as terras do Espírito Santo em 1816, passando pela Serra, em direção ao Rio Doce, desejou conhecer a flora da região, chegando a subir o Mestre Álvaro onde analisou e pesquisou as árvores e plantas da região, coletando muitos dados, tendo escrito: "A mata que cobre a Serra do Mestre Álvaro representa ainda um valioso acervo de espécies aproveitadas na agricultura e na flora medicinal". Nos primórdios da colonização do Espírito Santo, o Mestre Álvaro atraiu os colonizadores que esperavam ali encontrar ouro, sendo estimulados pelo Donatário Vasco Fernandes Coutinho. Foram conseguidas pequenas quantidades de ouro de aluvião e outras pedrarias. Historicamente, há registros de retirada de ouro do Mestre Álvaro em 1598, feitas por Dom Francisco de Souza. 

Reserva Biológica do Mestre Álvaro - Situada no distrito de Pitanga, possui 2.461ha, com altitude variando entre 100 a 833m. É de grande valor para estudos, por ser um dos últimos remanescentes da Floresta Atlântica de encosta e pela diversidade de espécies. A Reserva foi criada pela Lei Estadual nº 3.075, de 09/08/76.
 
 

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Este ano teve o fevereiro mais quente já registrado pela humanidade. Vivemos em um planeta 1,35°C mais quente do que a média histórica para esse mês. O último janeiro também foi o mais quente – 1,15°C acima da média histórica para o primeiro mês do ano. Isso não é uma coincidência. Nos últimos anos, recordes de temperatura vêm sendo quebrados sistematicamente. E tudo indica que 2016 será o ano mais quente da História – repetindo o que foi observado em 2014 e 2015.

 
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